A entrevista que você vai assistir abaixo é uma espécie de enquete, porém com mais detalhes nas respostas dos entrevistados.
FALA POVO é um vídeo próprio do Blog RetrôVisor. Ele expõe os meios de informação que os entrevistados mais usam para se informar e questiona qual o motivo do jovem pela não procura da atualização por meio de notícias e pesquisas.
Raquel Tenuta e Thaís Carapiá
FALA POVO é um vídeo próprio do Blog RetrôVisor. Ele expõe os meios de informação que os entrevistados mais usam para se informar e questiona qual o motivo do jovem pela não procura da atualização por meio de notícias e pesquisas.
Raquel Tenuta e Thaís Carapiá
http://www.youtube.com/watch?v=XPnLumIE5RM&feature=channel_page
O vídeo "Incentivo à leitura Universitária" é uma propaganda que mostra o quanto se gasta usando um aparelho eletrônico e o quanto se ganha ao ler livros para aumentar a bagagem intelectual e cultural.
O vídeo "Incentivo à leitura Universitária" é uma propaganda que mostra o quanto se gasta usando um aparelho eletrônico e o quanto se ganha ao ler livros para aumentar a bagagem intelectual e cultural.
http://www.youtube.com/watch?v=LSqHxxKqUNs
O vídeo "A internet emburrece" exibe a discussão feita entre o professor Juarez Dayrell, coordenador do Projeto Observatório da Juventude, da UFMG, e a professora de cibercultura da PUC Minas, Daniela Serra.
O vídeo "A internet emburrece" exibe a discussão feita entre o professor Juarez Dayrell, coordenador do Projeto Observatório da Juventude, da UFMG, e a professora de cibercultura da PUC Minas, Daniela Serra.
A ERA DO CONHECIMENTO CHEGOU!
Embora de forma tardia, o jornalismo chegou ao Brasil efetivamente em 1808. No início, era apenas impresso e tinha diagramação semelhante aos livros da época. Além de ser uma fonte de conhecimento e de caráter noticioso, despertou na sociedade o desejo de liberdade de opinião.
A pequena parcela da população que possuía acesso à leitura dispunha de apenas dois jornais: Correio Braziliense e Gazeta do Rio de Janeiro. Esses veículos foram essenciais no desenvolvimento dos difusores de informação no país. Graças a eles, o povo brasileiro começou a enfrentar as imposições absolutistas e passou a expressar os próprios anseios. Com o passar dos anos, o jornalismo tomou seu próprio formato e outros tipos de publicações surgiram.
Acompanhando o desenvolvimento do Brasil, não só economicamente, mas também culturalmente, percebe-se o quanto a informação foi essencial para que as pessoas desenvolvessem o senso crítico e pudessem tomar atitudes que mudariam o cenário político do país. Os jovens estudantes tiveram uma voz ativa nesse avanço.
Um exemplo foi o que ocorreu durante a Ditadura Militar. Os universitários não aceitavam viver em uma sociedade onde não pudessem ter liberdade de estudo e de expressão. O desejo pela informação pura e verdadeira gerou o chamado Movimento Estudantil, que colocou centenas de jovens nas ruas. Tais movimentos e greves geraram a criação de um novo grupo, que surgiu por meio da união de artistas, intelectuais, militantes em prol do fim da repressão.
Passaram-se mais de 40 anos e mesmo com a evolução tecnológica, liberdade de imprensa, internet, livros e televisão, o desejo pelo jovem de transformar a política decaiu, bem como a busca pela informação. Poucos se deram conta, mas a evolução da sociedade traz a necessidade de aprofundamento nas questões que dinamizam o nosso mundo. Hoje, em plena era do conhecimento, para que o jovem seja bem sucedido profissionalmente e tenha um poder de realização maior nas questões sociais e políticas, há uma série de cobranças feitas pelo mercado de trabalho, que vão além do que é ensinado em sala de aula.
Sabe-se que uma pequena parte da população brasileira tem a oportunidade de cursar o ensino superior. A falta de interesse por parte desse pequeno grupo preocupa a muitos. Tal afirmação nos leva a um questionamento: será que os universitários estão se preparando o suficiente para assumir responsabilidades futuras?
Diferente da Ditadura Militar, os estudantes de hoje não têm mais a necessidade de buscar formas alternativas para obter informações. Atualmente, a sociedade dispõe de uma diversidade de meios de comunicação que podem deixá-los cientes de tudo o que ocorre ao redor do mundo. Mesmo sem poder financeiro, os universitários podem recorrer a bibliotecas, sebos e lan houses.
Um fato que chama a atenção de pedagogos e especialistas é que, mesmo com essa gama de opções, o índice de leitura entre universitários é baixo. Apesar da internet ser uma fonte inesgotável de informações, os sites de relacionamento vem ocupando o tempo que poderia ser dedicado aos estudos.
Uma pesquisa realizada pelo Centro de Integração Empresa-Escola, CIEE, mostra que entre os estudantes do ensino superior, apenas 9% leem jornais. Dos 1.104 universitários entrevistados, 66% procuram ler apenas os livros requeridos pela faculdade, 16% esporadicamente dedicam-se à leitura e os demais declararam a falta de interesse pelos impressos.
A busca pelo real motivo desse mal traz uma infinidade de justificativas. Alguns alegam que não se dedicam aos estudos por falta de tempo, outros afirmam que a internet está tomando o espaço dos livros, das revistas e dos jornais. Uma parte dos universitários prefere acreditar que os meios de comunicações são os principais responsáveis, pois estimulam mais o lado consumista do que a questão cultural e outros estudantes acham que há uma falta de estímulo pela leitura em todas as áreas da sociedade.
Para trazer um esclarecimento mais abrangente sobre o assunto, entrevistamos a psicóloga e professora Erenir de Sant´Anna da Universidade de São Paulo (USP).
Retrô – Qual a sua concepção sobre a importância da leitura?
Erenir - Bom, em primeiro lugar, sempre foi importante ler. A leitura informa e forma nossa opinião a respeito de questões importantes para nossas decisões pessoais. Só podemos considerar que nossas decisões são as mais acertadas se tivermos todos os ângulos das circunstâncias analisadas. Sem análise as decisões saem por conta da probabilidade de errarmos muito.
Retrô - Como psicóloga, por que o jovem está cada vez menos interessado na leitura?
Erenir - Não me considero especialista no assunto, entretanto sei que tenho mais controle sobre minhas ações quando estou mais perto da verdade e isso passa pelo meu preparo para um julgamento de algo que não conheço. Percebo que hoje em dia as pessoas não fazem muita questão de acertar nas decisões mesmo aquelas que as envolvem diretamente. E essa atitude revela a desinformação a que estão presas.
Retrô - Qual solução a senhora daria para reverter esse quadro?
Erenir - Quando percebemos o ganho em alguma atitude recorremos a ela, não é? Talvez a grande descoberta seja exatamente a capacidade de desenvolvimento intelectual e prático que obtemos quando nos tornamos leitores assíduos, porque assim seremos absolutamente responsáveis pelo sucesso na nossa vida.
Retrô - Para a senhora a internet é a maior responsável por esse desinteresse?
Erenir - Não, não. A internet é um veículo extraordinário, é a marca de nosso tempo tecnológico, não temos como subtrair sua importância. Porém é mal aproveitado para que se torne espaço de troca literária. O que temos é muito trabalho para transformar recursos da internet em aliados da leitura habitual.
Retrô - A maioria dos estudantes, que possuem o habito da leitura, ficam restritos em apenas ler livros obrigatórios pelas universidades. Você acha que isso é o suficiente para formar um bom profissional?
Erenir - Não sei disso não. A maioria dos universitários não lê muito desde o ensino fundamental mesmo. O bom profissional não se forma na graduação acadêmica e sim durante todo o processo de aprendizagem desde as primeiras letras. E não pára. É um processo longo e empenhoso. A leitura pode ajudar a atravessar a ponte entre disciplinas díspares para isso, mas não é um fenômeno estacionado na academia.
Retrô - Quais estratégias são usadas pelas Universidades para incentivar o gosto pela leitura?
Erenir - Não conheço uma estratégia específica, mas penso que os movimentos culturais apostam muito na diversidade e naturalmente há espaço para um maior crescimento da leitura à medida que forem ficando mais numerosos os eventos e a divulgação deles entre os estudantes.
Retrô - Uma pesquisa do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) revelou que apenas 9% dos universitários lêem jornais. Você acha que esse meio precisa buscar novas alternativas que atraiam os jovens?
Erenir - Particularmente acho que a rua ganhou mais espaço tirando dos jornais o foco de informação exatamente pela censura sofrida pela imprensa nos anos 1970 e 1980. A campanha pela abertura política teve que procurar outros caminhos para chegar à população porque não podia mais contar com a imprensa. Parece que muito da decepção política do povo brasileiro tem a ver com a imparcialidade e a maturidade jornalística que deixa muito a desejar de uns tempos para cá. Como confiar nossas decisões a opiniões que não ombreiam com o senso comum?
Retrô - Na opinião da senhora, o que pode levar o jovem a desenvolver o gosto pela leitura?
Erenir - É uma construção de oportunidades desde a primeira infância sem interrupção em nenhum momento. Livros, livros e livros, disponibilidade de livros em salas, jardins, espaços públicos, escolas, bibliotecas comunitárias, grupos de leitura dramatizada, poesia em praça pública, concursos literários e muitos livros novamente. E claro a participação coesa, sem preguiça de todos os agentes da educação: estado, escola e família.
Raquel Tenuta e Thaís Carapiá
FALA POVO, vídeo enquete próprio do Blog RetrôVisor. O vídeo postado acima está com falta de algumas acentuações e erros de digitação nos GCs(Gerador de caracteres). Porém já foram corrigidos e está no primeiro link( Youtube) no começo dessa matéria: http://www.youtube.com/watch?v=hUvSDo_oT1c&feature=channel
Nenhum comentário:
Postar um comentário