Meu pai foi quem me levou a pensar mais nesse assunto, muito antes de decidir que estudar jornalismo era o que eu realmente queria. Ele passava horas me dizendo que qualquer um podia ser jornalista. Bastava saber escrever que o resto estava feito!
Tenho que admitir que essa opinião me enlouquecia, cheguei a cogitar uma carreira de advogada como a melhor saída. Mas analisei o que eu queria mesmo, e tudo que eu via era um bloquinho de papel, canetas e uma Canon profissional. Acabei pulando para o mundo da imprensa e aqui estou no primeiro semestre dessa jornada.
O ponto é que logo de início corri atrás de informações que me dissessem o quanto o diploma era necessário, tanto para sentir que havia tomado a decisão certa, quanto para mostrar ao meu pai que a minha escolha não era tão desprezível. Acabei me deparando com a chance de entrevistar o Fred e vários pontos começaram a surgir na minha mente.
Analisei que ser jornalista é para poucos. Não basta saber fazer uma redação, é necessário ter um compromisso com a sociedade, vontade de transmitir o interesse público com a pura verdade, ter fôlego para rotina desgastante, agüentar os maus salários e amar aquilo que faz. Então com certeza, não é qualquer um que pode fazer o que eu escolhi para o resto da vida!
O prefácio do Noblat tem uma citação do Gabriel García Márquez que diz: “Pois o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e torná-lo humano por sua confrontação descarnada com a realidade. Ninguém que não a tenha sofrido pode imaginar essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida. Ninguém que não a tenha vivido pode conceber, sequer, o que é essa palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo das primícias, a demolição moral do fracasso. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá persistir num ofício tão incompreensível e voraz, cuja obra se acaba depois de cada notícia como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte.”
Acredito que o jornalismo passa então a ser uma das carreiras mais complicadas, porque temos uma tarefa crucial, que é o compromisso com o todo. Temos em mãos um poder que pode informar com dignidade ou difamar com vergonha. É preciso caráter, dedicação e veracidade. É preciso FORMAÇÃO, o que agora é evidente para mim.
Isabela Gregório
Apresentação
Há 15 anos
Parabéns pelo blog! o caso do diplome é complicado. eu acredito q necessario. aqgora na faculdade estou aprendendo coisas mt além de apenas escrever um texto.
ResponderExcluirThaís Macena jornal em pauta